sábado, 12 de março de 2011

Perturbadamente calma pela madrugada














Não vivo em simplicidade
me mergulho no mar do questionar
me encanta a infinita complexidade
meus neurônios não se cansam de fervilhar
poeta bom é poeta perturbado
e de intrigas meu coração está lotado
aproveito o momento breve de lucidez
e trago de volta a coroa aos meus reis
estou inquieta e me embriagando em realidade
da mais insossa á mais tenra e saborosa
se num instante me distraio em vaidade
no outro me alimento com vinte páginas de prosa
quero amanhã um dia frio de muito sol
pra de baixo da árvore refletir e filosofar
na aventura de navegar sem um farol
depois de um suco me levanto a fotografar
quero o infinito das particulas flutuantes
quero as ondas que reverberam pelo ar
eu quero a cor da tinta óleo mais vibrante
quero viver, morrer, cantar e amar.

3 comentários:

Bruno Badain disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruno Badain disse...

Sua inspiração me inspira, bela poesia

Bruno Badain disse...

a ânsia de amor
mantém poetas incessantemente ocupados
no jogo de dores e felicidades inexprimíveis
mantém neurônios drogados
tais emoções são suspiros da espécie
sobre a razão individual
são todos animais descontrolados
satisfações e sofrimentos
sob gemidos e gargalhadas
de peitos apertados
não cabem em seres mortais
incapazes dos sentimentos intermináveis
tais peitos querem explodir
por inexpressiva delícia
ou dor infinita