É estranho e curioso como minha vida gira em torno de ciclos, estou feliz e descubro algo que me deixa profundamente chateada, passa uma semana e percebo que não era nada daquilo e torno a ficar feliz, e essas repetições costumam ser imensamente desgastantes, pra mim e para as pessoas ao meu redor, minha atitude perante esses problemas sempre foi afronta-los ou abandona-los mas não importa o que eu faça, eles sempre retornam iguais. Diante desse padrão decidi tomar uma outra atitude perante os problemas, afinal, se eles sempre estão lá isso é sinal de que talvez eles estejam em outro lugar: em mim! Pensei bastante, me despi de coitadismos e no fundo da bagunça do meu pensamento encontrei a palavra que tanto precisava: auto-sabotagem, é isso! Por isso meus relacionamentos sempre seguem o mesmo caminho, meus amigos sempre vão embora, por isso estou sempre sozinha, por isso não termino nenhum projeto, pois sempre repito os mesmos erros de antes, é como se houvesse um diabinho dizendo no meu ouvido que o mundo nunca está á meu favor, que as pessoas nunca me entendem ou gostam de mim, que eu sou a mais estranha de todas as pessoas e com esse pensamento se cria uma regra cíclica, e com essa regra tudo sempre vai dar errado, e o pior, é que a culpa será minha!
A auto-sabotagem é uma armadilha do nosso inconsciente, é uma defesa natural ao novo e ao desconhecido, sem nos darmos conta ouvimos ordens dele constantemente e essas ordens são geradas por frases que ouvimos inúmeras vezes quando éramos crianças ou usando situações de nossas vidas em que determinada atitude foi eficiente pra superar um problema, se deu certo uma vez pode dar de novo (aí que está a armadilha)
por exemplo:todos ouvimos quando crianças que não devemos falar com estranhos, nossa mente se treina a isso e cada vez que conhecemos uma nova pessoa nos sentimos ameaçados. Uma parte de nosso cérebro nos diz abra-se e a outra adverte cuidado.
Num primeiro momento, o desafio em si é encorajador, por isso nos atiramos em novas experiências e estamos dispostos a enfrentar os preconceitos. No entanto, quando surgem as primeiras dificuldades que fazem com que nos sintamos incapazes de lidar com esse novo empreendimento, percebemos em nós a presença desta parte inconsciente que discordava que nos arriscássemos em mudar de atitude: Bem que eu já sabia que falar com estranhos era perigoso.
Cada vez que desconfiamos de nossa capacidade de superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior que bloqueia nossas emoções e nos paralisa. Muitas vezes, o medo da mudança é maior do que a força para mudar. Por isso, enquanto nos auto-iludirmos com soluções irreais e tivermos resistência em rever nossos erros e aprender com eles, estaremos bloqueados. Desta forma, a preguiça e o orgulho serão expressões de auto-sabotagem, isto é, de nosso medo de mudar.
Depois de pensar bastante nisso me propus o seguinte exercício, sempre que me deparar com algum problema pensar duas vezes antes de tomar qualquer atitude e fazer diferente o que meu instinto sugerir inicialmente prestando muita atenção pra não repetir os mesmos erros, caminhar em ciclos e cair sempre nos mesmos buracos.
Que se encerrem os ciclos e comece uma longa subida em linha reta!
Um comentário:
É sempre mais fácil se acomodar
e resolver os mesmos problemas.
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